Elas, um precipício - Você me ensinou a escrever

fevereiro 10, 2017

Elas, um precipício



Feminismo. 
Muitos se cansaram dessa palavra. 
Muitas a repetem incessantemente na ânsia de serem ouvidas. 
Não necessitam só de ouvidos dispostos a ouvir. 
Necessitam de empatia que disponha a compreender. 
Os fatos que se apresentam todo dia
E só sabe quem realmente vive e sabe que vai viver.

Feminismo.
Não é femismo, não é o contrário de machismo.
Pode ser radical, liberal, classista... Pode ser só feminismo. 
Pode ser isso de fazer poemas que ninguém vai ler.

E eu com isso? 

Escrevo mesmo assim. 
Como amo mesmo num mundo onde amor é sinônimo de fraqueza
O amor como a nossa luta tem força na sua essência.
Ele busca a equidade com clemência.

Ele exalta homem e mulher
Deuses e deusas do maior show da terra
Seres que não precisam estar em guerra
Seres que não precisam se excluir

E porque mulher é tão rechaçada
Amassada, mal amada, mal tratada
Senão por essa entidade maligna
Que tantos costumam chamar e dizer
{Cavalheirismo, amor ou poder?}

É machismo! 
Não é proteção ou gentileza
Não é só querer
É possuir você. 

Até quando nem você mesma pode se ter. 
Deve ser dele, não tua. 
Deve ceder sem querer.

Por achar que é seu dever
Ser dele.
Mas, jamais ter o direito
De ser livre, ser você.

Feminismo, é isso
Não é querer ser homem
Não é ser homem
Ou tomar o seu lugar
É ser mulher
É ser o que quiser, 
E encontrar o seu próprio lar

Seja na rua, na tua, ou no bar
Seja nos braços do homem amado
No carro de pneu rodado
Na barra da saia da mãe ou do pai. 

É querer e ir aonde se vai
É ser de onde se é. 
E não se render às ordens baixas
De uma comunidade doente
Que aos poucos se esvai.

Se esvai do amor
Da alma 
Se esvai da calma 
Da verdade que há no coração
Se esvai no colchão
Aquele que condena, mas é cura 
Para sua rebelião. 

Não venham, amigos
Com hipocrisia
Que nessa folia, a gente tem mesmo que falar
Não é vitimismo, mimimi e bla bla bla
É saber, querer e ousar! 

Ousar ser o que eu sou
Por favor.
Me deixa sambar
Pois se homem samba, porque eu haveria de calar? 

A gente sabe das diferenças, 
Mas nem sempre elas podem nos definir
Se definisse, talvez tivesse fim 
Esse pedido (a nossa ordem) a se repetir

Mas não define.
Diversifica e liberta.
Só olhar pela porta aberta
Os olhos da compreensão 

Nós todos precisamos dessa comunhão.

União 
Minha e sua 
Como irmãs e irmãos

Há de ser reconhecer a divisão
Que escraviza, mata e diminui 
A mulher e o meu coração.

Por isso não desisti de lutar, de amar, e de sambar
Enquanto a gente sofrer e calar, o machismo vinga e vai vingar 

Mas Gaia há de voltar e provar pra vocês, donos de verdades irreais
{"Que todo homem e toda mulher é uma estrela, e todas estrelas são iguais"}.

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