SOBRE O BLOG - Você me ensinou a escrever

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Então, por que escrever? Por que compartilhar? Por que demonstrar afetos?
Não sei se são as melhores perguntas a se fazer (quem sou eu pra dizer, também, né?), mas pensemos comigo e mudando o caráter de tais perguntas, temos: por que não escrever? Por que não compartilhar? E por que não demonstrar afetos?
Essa última pergunta, um amigo que me fez estes dias... marcou e tá marcado, eu diria! Sempre me perguntei também, sempre me questionei sobre o porquê de, atualmente, permanecermos tão presos em nossas moradas, qual a justificativa de tantos muros e de tantas grades, talvez piores que as celas que encontramos mundo afora... concretas. Por que então não dizer o que se sente, sob nenhuma hipótese falar a verdade? Devem existir n motivos, eu sei, não temos essa resposta. Mas, para mim, é uma pergunta retórica. Ou melhor, quase incisiva e confrontadora, pois, eu não quero mais esconder afetos, ou palavras, ou vivências, e nem mesmo considerações. O mundo já anda tão escondido, não acham? Desprovido não de afetação, mas de demonstração dessa afetação, estamos todos revestidos no invólucro da virilidade (inexistente, quase sempre), fortes por fora, mortos por dentro, relações tão líquidas e infames que ditam qualquer comportamento futuro, pois nosso muro jamais permitiria dar o braço a torcer. O problema, não reside em demonstrar ou não afetos, até porque estes mesmo também devem sofrer um pouco de hipocrisia e sublimação (não dá pra expor tudo, por questão de segurança!), mas como se tem propagado hoje, chega a virar uma doença, se não já virou. O problema consta em menosprezar afetos, ignorá-los, em viver na lateral da vida que deveria ser nossa. O problema consta em fazer da vida um jogo de interesses (ela é isso também, mas não só). O problema consta em se fechar quando tudo que você precisa é abrir-se, como abrir ao menos uma das janelas também, para que o outro possa entrar, não para ficar (se não quiser), mas para tomar um chá, quem sabe passear um pouco...
É na relação afetiva que construímos a nós mesmos, e mesmo no isolamento, permanecemos todos envoltos nessas relações. Permito com este sincero pedido de afetação (meus escritos neste blog) a realização duma viagem no teu mundo e no meu. Não deve ser por outra razão que criei este vínculo. Não é uma mera tentativa de aparecer, ou ganhar fama (longe disso), mas sim uma tentativa de elo, união, num mundo que constantemente se separa, segrega-se, encolhe e se recolhe.
Espero, de coração, que alguém venha comigo nessa! É nessa tentativa de afetação que Tom Jobim nunca esteve tão certo: é impossível ser feliz sozinho.
O Pink Floyd, n'outro extremo, só deixa ainda mais claro: "Juntos nós resistimos, separados nós caímos."

um abraço.

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