In: Psico Risos
Porque talvez eu seja a bagunça
De uma bola mágica
A tortura da magia que não cessa
De brincar
Não acalma
Não sossega de pensar
Talvez eu seja o fogo
Sou chama, que corrói
A si mesma
Mas no eterno fica presa
No infinito se constrói.
Eu sou o que destrói
E sou aquela que cria
Na destruição
Sou perseguição
Do amor perdido
Da causa perdida
Do mundo
De mim
De tudo
Não.
Como dói ser tudo isso
Todavia, menos dói
Quando sou bicho preguiça
Quando sou sono
A camisola por tirar
Sou inconsciente
Uma viagem dentro do meu lar
Sou menina, sou estrela
Uma estrela no altar
Do universo meu e teu
Nesse plano e em todos os outros
Este doce
Belo
Singelo
Eterno
Retorno
Às coisas que machucam
Às coisas que nos felicitam
Às coisas que nos cria e nos destrói
Como é intrigante ser o paradoxo
Do cosmos
Como é incessante essa insustentável
Leveza do ser
Como é pesada cada maneira de não ser
E ser
Será que aguentamos mesmo
Eu e você?
A espreitada no espelho
O conselho da mamãe
O julgamento do outro
A cozinha sem os pães
Como vou saber, correria?
Se a minha agonia
É suportar a luz do dia
Dentro de uma imensa escuridão
Não podemos com este paradoxo não.
Ou podemos, meu irmão?
Somos a bola mágica ou não?
Ela se desmancha na bagunça
Mas se renova a cada canção
A cada remexo e rebuliço
Ela se encontra com o infinito
Ela beija o coração
Ela é esperança
Não só ilusão
Ela é Deus também
Num grande show
Vazio, cheio e inteiro de uma insondável imensidão.
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