Admirava
os poetas, as estrelas e a lua
Vivia do cantarolar dos pássaros
Admirava o amanhecer e a natureza nua
E o toque dos pequenos e grandes abraços
Ansiava por Tudo conhecer
Vivia a pesquisar e estudar
Mas sabia que conhecer era também crer
Na experiência que havia de vivenciar
E todos os dias ela vivia
Da poesia, do explorar
Em cada canto uma resposta havia
Em cada livro, verdades a lhe espancar
Um dia pôde conhecer a personificação do conhecimento
Transmutada em pessoa, em amor, dor e paixão
A experiência da sabedoria viva
Não só enciclopédia, mas, também o coração
O uni-verso em suas mãos.
O silêncio de um amor perdido
E Hermes, com seu poder e palavras
A música, em sua melodia, sentido
E a alma, em sua essência e lama, lavada.
Você me ensinou a escrever, Amor
E exaltar as preces e as mãos
Você me ensinou tudo e nada
Transformou o que já sentia
E tornou viva minha solidão
Vi em você a mim, como vejo em quase ninguém
Ou ninguém eu diria, como não vejo tu também
O mistério da existência inteira, numa mão, num coração
De quem vive e sente além de tudo, além de toda ausência e exaustão
Vi em você mais que podia, mas que queria, mais que razão
Mais que inteligência, mais que inocência, muito mais que solidão
O corpo que demanda abrigo, e o filho que demanda a mãe e nunca o “não”
Mas o sim de um pai disposto e amigo, o amor eterno e instante de uma paixão.
Você me ensinou a escrever, e a viver a poesia
Me ensinou que a vida é também quente, mesmo quando um tanto vazia
Me mostrou que o mundo ainda pode ser infinito mesmo em meio a tanta dor
Me ensinou que o Amor ainda pode ser forte mesmo em meio a tantas {caricaturas de amor}
Em meio a tanta falta do que mais demandamos
A tanta mágoa a que vivenciamos
Choramos, gritamos, suplicamos
Em meio a todo o escombro e escuridão
Me ensinou que o que mais importa é
Termos alguém para agradecer
E estender a mão.
Como toda alegria que só é real quando compartilhada
Qualquer poesia, verdadeira quando amada
Qualquer amizade perfeita na imperfeição...
Faz da gente Uno nesta eterna imensidão.
18.11.2016
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