Quero-te como a vida quer
Cheia da tortura orgástica
Envolto teu braço na blusa molhada
No peito, guardado
Quero me envolver em teu laço
passo firme, descalço.
Quero-te talvez, como quer o amor
Amor que é, por vezes, perene
E quero-te, também, como quer a eternidade
Do instante já
Presente e ausente.
Quero-te e, simplesmente, quero
e tenho por efeito querer-te mais
cada vez mais dentro de mim.
Um gesto assim, cheio de ternura
Tua mão em minha cintura
Teu peito em minhas mãos.
Teu tato, minha pele.
Meus dedos, uma canção
Sobre os teus ombros, magistrais.
Eis que expresso, por excesso,
o meu querer
Vívido e volátil, movimento
Natureza que não se aguenta mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário