Na tal de fé - Você me ensinou a escrever

dezembro 24, 2016

Na tal de fé

Rosácea da catedral de Notre Dame, Paris.

Como expressar? É tanto que me pergunto. Me conta, Deus, como me expressar e te expressar? Como te honrar? Como te amar? Tento pelas palavras, pelos passos mal cumpridos, mal passados, tento pelo canto, ora canto ora oração. Eu tento tanto.
Tento nos "Eu te amo" de cada dia, aqueles que vivem na mente e no coração, na boca quase nunca não. Pois, ainda me pergunto, como expressar? Como eu te amo, e como eu te amo expressar? Palavras não bastam, coração apelando, será?
Busco em todos os cantos, por um gesto teu, nos olhos duma mãe amando, nos passos leves de uma criança, na criança rindo, na criança chorando. Busco em cada canto do meu ser em ebulição. Em cada gota de chuva que cai do céu dançando, dançando um reggae, dançando um samba canção. Cada raio de sol e cada lágrima rolada, uma música que toca o coração, toca a alma, reclama pela mão... erguida, alta, dada. 
Como eu te chamo Deus, hoje, como talvez nunca tenha chamado um dia, como eu queria deitar em teus braços, imagino que o teu colo possa ser muito mais que poesia, ou a própria poesia, já que de medidas não vivemos, vivemos a santa paz do caos, vida descabida, mais valia.
Oh, vida. Vida que me anda às loucuras, vida que me planta e me colhe, e me sacode. Vivo em apuros. Haveremos todos de agradecer por cada chão que pisamos e cruz que carregamos, pois estes são os maiores amores que haveremos de ter. Os maiores prazeres que haveremos de desfrutar, a maior das memórias que teremos de criar, e a mais remota e real lembrança que haveremos de lembrar.
Como eu agradeço hoje, Deus, por tudo que eu não agradeci um dia também, por me ter dado a alegria. A alegria de compartilhar, partilhar. Não deve haver e não há, algo maior na vida a louvar. O riso, brincadeira, o pranto, besteira. Tudo! Tudo numa coisa só - "asneira".
Quero que tu saibas, Deus, que Eu sou e nós somos tudo que o nós precisamos ser. Que em cada vento que passa, eu te reconheço e sei que todos meus irmãos também haverão de reconhecer. Peço a ti em oração para que nenhum sinal teu passe despercebido, para que cada sopro de vida que tu sopra transpasse cada alma nesse Todo Infinito. Que o absoluto nos absolva e absorva, e que nos seja dada, todo dia, a tua luz. 

24, dezembro de 2016.

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