Sem título - Você me ensinou a escrever

setembro 01, 2017

Sem título


Exaustão.
Categorizados sentimentos impossíveis de rotulação.
Impaciência, a exaustão e o fim da definição.
Mas, que eu faço nessas escrituras defasadas? Senão, simplesmente, parafrasear e definir estados indefinidos?
O cálculo do incalculável.
A explicação da compreensão.
Que faço eu, senão, dar nome a uma dor e uma alegria que não precisa de mais eternidade, visto que já é permanente e vigora nua no espaço?
Não era isso mesmo que eu queria dizer.
Só queria contar como o dia foi bonito.
Mas como ele foi também desastrado comigo.
A vida é sempre assim, desastrada com alguns. E somos nós também,
doidos, perpétuos, ásperos com o mundo.
Queria contar como a cortina no meu quarto caiu bem.
E a chuva sobre as Palmeiras caiu danada...
E daí, eu penso "e o amor?" ....
cairia como uma luva.
E tantas luvas escorreram sobre os dedos, não agarrando firme a quem deveria proteger,
e sim saindo de fininho, entre muros, e outras pontes.
Agora resta tanto mais o sono e o beijo imaginário de boa noite.
Tanto que até de mamãe me ausentei, mas lá permaneço de peito aberto,
pois, o apego é que nem riacho que anda solto e não se acaba.
Mamãe fala que sou mimada, mas de tanto amor, quero só gritá-lo do peito
enquanto o fogo dessa guerra se apaga.
Quero me jogar é na cama, e não da janela.
Quero me envolver sem racionalizar.
Tomar partido? Jamais.
Corações partidos temos pra dar e vender.
Mesmo assim faço culto de prótons e elétrons, já que nêutrons não posso ser.
Queria até saber que neutralidade é essa que essa vida assume diante de tanta injustiça.
Natureza que é jogada e dada aos bichos sem clemência.
A impureza e delicadeza dos indelicados.
Os pratos mal lavados.
A roupa mal passada.
A verdade escancarada.
Algumas verdades, bobas. Outras, ultrapassadas, ou mentiras cultuadas... até virar verdade.
Eu quero saber o que é que me invade.
Que contingência é essa que me gerencia.
Queria saber o que move, lá no fundo, essa guerra feia e fria.
E quanto amor tu tem pra dar e não deu.
Por que não deu?
Por que não eu?

Ahhhhhh.
De novo.
Eu só queria falar da comida no fogo,
e o quanto demorou pra cozinhar.
Queria dizer da música que escolhi dançar.
Do dinheiro que queria roubar,
daquele que me roubou.
Queria contar do pouco que sobrou
de mim.

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