Me
conta que a bomba cairá amanhã.
Mas,
para mim, ela caiu no momento em que pronunciastes o referido anúncio.
A
anunciação é precisa na mira.
O
tiro é certeiro.
Não
sei se por isso o coração é desonesto, por querer tanto o que quer evitar...
Odeio
certezas, pois são cheias de “me deixe”, e eu não deixo não.
Algumas
são impossíveis de maturação.
Odeio
mandes e desmandes,
odeio
palanques,
odeio
sucesso, planos
odeio
essa imensidão de quereres incrédulos.
Quero
porque quero, amo por que amo.
E
evito, porque me desespero.
Quero
o incerto.
O
suspense.
O
mistério.
Quero
não saber o que quero.
Quero
procurar não saber.
Mas
o cálculo é certo,
pois,
eu, fraco e deserto, não tenho querer.
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