Vivemos o século da súplica por empatia.
Veja, todos os pedidos em desespero pelo olhar à sua dor.
Famosa dor, dor de empatia.
Olhava ontem da janela do ônibus e me comoveu a canção.
Perpassou pelos meus encalços, o sofrimento daquele,
Qual escutava com afinco e emoção.
Foi, então, que me perguntei de onde vem essa empatia.
Enchemos nossos olhos de lágrimas, observamos os passos das pessoas.
Sentimos o mundo e o mundo nos afeta.
Nos afeta o comportamento do outro.
Lança mão de nossas certezas.
Terrível empatia.
Que monstro é esse?
Que lágrima é essa, tardia?
A empatia é tanta que quase não me dou conta de mim.
Que monstro é esse?
Que lágrima é essa, tardia?
A empatia é tanta que quase não me dou conta de mim.
Passei do ponto de ônibus no qual deveria descer.
Deixei que os ovos que carregava quebrassem, por empatia.
Descobri a ordem do mundo.
Belo e sujo.
Por pura empatia.
Por pura empatia me perdi.
Este é o século de súplica.
Até os egoístas lutam por empatia.
E descarregam, não veros.
Empatia em excesso.
Que não é voto sincero.
Não é verdade.
Não é da vontade, e não é da lei.
Amor é a lei, não a empatia
Que nos discursos, vira mentira
Inverdades na ação
Só o amor tem lugar, infernal
É, de todo regra,
E, também, exceção.
À empatia, não.
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