A humanidade que não me é humana - Você me ensinou a escrever

dezembro 06, 2016

A humanidade que não me é humana


Empatia... Já ouviram falar? Andei sentindo (pensando) esses dias, e... Rapaz! Você sabe o que é? Procura aí dentro e vê se tu achas. Muita gente acha que sabe. Mas, a mim é tão estranho esse “saber” dessa gente. Essa humanidade que perdeu os sentidos e significados do que quer dizer “humanidade”, sabe? Sem fantasias.
Esse ser, vazio e temeroso não me representa! Essa vastidão de superficialidades e coisas rasas, medrosas, politicamente corretas... As “boas almas” do mundo, o “povo de bem”... Há muito, desconfio. E há muito, vejo distante de mim!
Vivo num mundo de pessoas que eu nem conheço e que não me deixam conhecer. O que sei delas, sei quase que forçadamente, depois de muita peleja. Tudo bem, com o tempo, independente de qualquer coisa, elas vão se mostrando. E sim, quase todos, grandes porcos engomados. Pessoas que também não me conhecem e não sentem a mínima vontade de fazê-lo. Mas cabe a elas julgar-me, igualmente a pessoas que de fato não conhecem nada, e ainda assim sentem-se importantes e/ou inteligentes demais para poderem deliberar sobre (qualquer coisa). Humanos tão cegos em seus conhecimentos vagos e rasos, primitivos... Que nem para o julgamento estudam um pouco melhor as situações. Ou estão presas demais as suas projeções, ou são só “puros” abutres mesmo, infelizmente.
Fiquemos com as projeções! Você aponta no outro o que você mais odeia em si mesmo, ou o que você mais queria ser e não é por causa da sua triste impotência diante do mundo e do espelho (da alma). É realmente doloroso. Doloroso ver um mundo de humanos tão negadores da própria humanidade. Negam sua própria essência, e ainda querem negar a de outrem.
Ouvi dizer, em muitas vidas, bares, carnavais, e poemas... Que não adianta querermos mostrar “a verdade” a ninguém, que ele tem de ver por si mesmo. Aliás, de que adianta querer fazer descer goela abaixo o que não desce, só volta como vômito? O mais nojento e fétido vômito. Podre e arrogante. Ignorante. Às vezes não dá, realmente. As pessoas, como um todo, estão confortáveis demais, entorpecidas em seus circuitos já formados. “Pra quê formar outro? Isso levará muito de mim. Pra quê refletir um pouco sobre isso? Vai me beneficiar de alguma forma? Não? Então, já era, meu compadre. Pouco importa.”. Mas será que “não” mesmo?
Uma humanidade que nada se interessa por aquilo que ela mesma deseja e quer de seus demais. Uma humanidade fria e gélida que não conhece, ou talvez nunca precisou ouvir falar de compaixão ou fraternidade... Ou falaram tanto que acabou perdendo o sentido, né? Uma humanidade que nunca se interessou nem por si mesma, nunca teve curiosidade. Uma humanidade fraca, para abrir os olhos a novos horizontes. Eu não pertenço a essa humanidade. [“This is the end of all hope...”].
Os raros me representam. Aqueles que não negam nada que possa existir, aqueles que estremecem ao som de uma música, que não desdenharia de um momento com as estrelas, que entende que um poema, não é só um poema (qualquer), que ali, contém uma história, real, mágica, uma vida, transcendência... Aqueles que no mais fino grão de areia, consegue sentir a magia do universo e não trocaria isso por nada. Aqueles que entendem que não podem ser totalmente livres, mas, ao passo que sabem que não o são, se libertam! Contradição, sim. Mas o que não é feito dela?
Pena... Pena, dos que se fecham para isso. Sinto pena da humanidade impenetrável dos que não se deixam permitir. Dos que se privam da diversão por que será “pagação de mico”, dos que não entendem que por trás de uma ação pode haver boas intenções. Dos que deixam de serem eles próprios para serem o que o mundo externo e outros esperam que eles sejam. Dos que renunciam a si mesmos, invariavelmente, e ainda querem que os outros se renunciem também.
Desconfio... Dos que não desconfiam de nada, e daqueles que desconfiam de tudo. Sinto-me sozinha no mundo. Um mundo de insetos incapazes de compreender as grandiosidades que o mesmo está de prontidão a oferecer. Lembrando que sempre existe um sacrifício... Eu sei. E é por isso mesmo que essa humanidade “alheia” permanece tão entorpecida em si mesma. Incapacitada de ir além das fronteiras.
O leitor deve estranhar também, eu me colocar tão a parte dessa gente. Eu estou sim, “longe, longe, longe, (porém), aqui do lado” como diz uma grande música, que, a propósito, não tem absolutamente nada a ver com isso aqui.
Talvez seja difícil mesmo, mudar e formar novos circuitos, novas associações, desprender-se de pré-conceitos, abrir os olhos, se enxergar no espelho, admitir seus demônios, ver a beleza escondida e soerguida no fim da destruição. E é! Somos resistentes, já disse nossa natureza [humana]. No entanto, não é, como nada na vida, impossível. É fazer algo importante, não importa se é um mero poema ou um grande trabalho voluntário, os dois podem salvar o mundo. E vêm salvando, não é mesmo? É sermos fortes para reconhecer que o universo e diversidade não terão limites, e a cada suspiro teremos uma nova descoberta. É não ter medo do desconhecido, do novo, do imensurável, do não compreensível. É tentar fazer da nossa casa um mundo melhor, em que todos nós poderíamos viver em harmonia se soubéssemos expandir os sentidos e parássemos de fugir como covardes, e de ego ferido.
Apenas um sonho meu. [“This is the birth of all hope...”].
Já sei que não posso tentar entupir ninguém com a minha verdade, porém, quando a sua verdade passa a interferir na minha, e a mesma divergir da sua – lembrando que nem tudo é questão de opinião – é hora de rever os conceitos. E num mundo, onde permaneceremos juntos, quer queiramos ou não, toda hora é hora de revê-los.
Sinto muito pela má notícia!


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